Fotografia na Maquete Eletrônica: 12 Dicas Infalíveis de Composição
Fotografia na Maquete Eletrônica é um recurso utilizado por todos, mas nem sempre da forma correta. Saber compor uma cena da melhor forma para, valorizar seu ambiente e ter a melhor fotografia da sua maquete, é essencial.
Pensando nisso, nós preparamos este conteúdo, onde você vai aprender 10 macetes EXCLUSIVOS sobre composição na fotografia na MAQUETE ELETRÔNICA, que vão trazer muito mais realismo na apresentação dos seus projetos.
Se você prefere um tutorial mais guiado e com mais imagens, você pode assistir ao vídeo, ou se preferir, você pode ler as dicas abaixo.
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Mas o que quer dizer “composição na fotografia” e “enquadramento da cena” da minha maquete eletrônica? Eu preciso utilizar esses recursos? A resposta é sim!
É importante que você saiba compor uma cena e entenda como compor uma fotografia na maquete eletrônica para trazer mais qualidade para a apresentação dos seus projetos.
Aqui, vamos te ensinar 10 CONCEITOS, mas não é necessário utilizar todos. Em algumas ocasiões você poderá utilizar apenas um e em outras será possível mesclar vários. Tudo depende do foco do seu projeto, daquilo que você quer mostrar. Então vamos lá!
Antes de tudo, tenha em mente esses dois pontos iniciais:
1. Fotografia na Maquete Eletrônica – Tenha referências reais
Nem sempre conseguimos criar uma ideia do zero, mas se partimos de um ponto de referência tudo fica mais fácil. Um dos sites que mais indico para meus alunos é o site ArchDaily. Este é um dos sites de arquitetura mais visitados do mundo e possui ótimas referências.
Ao entrar no site e clicar em “projetos”, você terá acesso à uma infinidade de categorias de projeto e suas subdivisões, como por exemplo: Arquitetura religiosa, onde se encontram projetos de igrejas, catedrais, cemitérios, oratórios e muitos outros.
Outros sites também muito acessados e conhecidos, que possui muitas referências válidas e diferenciadas são o Pinterest e o Houzz.
2. Fotografia na Maquete Eletrônica – Tenha referências 3D
O segundo passo é fazer a análise de maquetes eletrônicas, não só de projetos reais. Tudo o que puder ser usado como referência na hora de elaborar nossos projetos, deve ser usado. Alguns dos melhores sites para referências 3D são:
1. BBB3viz
2.Peter Guthrie
3. Arqui9
Todas essas referências devem ser inspiração para enquadramento, textura, cor e iluminação. Lembrando que se inspirar, não é copiar. Vamos as nossas dicas!
1. Fotografia na Maquete Eletrônica – Entenda as câmeras
Basicamente, quanto maior for a milimetragem das lentes, mais ela aproxima e desfoca o fundo, e quanto menor a milimetragem, mais afasta o plano da frente do de trás, as linhas ficam mais deformadas.
Na arquitetura, as lentes mais utilizadas são entre 10mm e 24mm, para fotos externas. Agora, se o objeto fotografado tiver uma proporção bem menor, como um vaso de flores, por exemplo, o ideal é uma lente maior, pois ela desfoca mais.
Dica: Se você utiliza o V-Ray para Sketchup, você pode ajustar essa distância da lente através do comando “Z”. É digitar o valor, ex: 24mm e clicar enter, que a imagem se ajusta automaticamente. No Lumion, dentro do menu de foto, é só ajustar a distância focal.
2. Fotografia na Maquete Eletrônica – Regra dos terços
Regra dos Terços é uma técnica onde se divide a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada.
Você já deve ter ouvido falar deste recurso. Inclusive no Lumion nós temos essas linhas dividindo a tela. É um dos recursos mais utilizados por fotógrafos. As linhas devem ser usadas como guia para o posicionamento dos elementos da foto.
Seguindo as linhas você consegue um enquadramento bem feito e harmonioso. Os 4 pontos de encontro das linhas são os principais, isso significa que são os primeiros lugares onde nós olhamos em uma foto, este é o posicionamento perfeito dos elementos.
Você pode ainda utilizar os quadros e colocar os elementos centralizados neles.
3. Fotografia na Maquete Eletrônica – Proporção Áurea
A proporção áurea não existe nos softwares, ela é um conceito que deve ser aplicado por nós “manualmente”. Mas o que é proporção áurea?
Proporção áurea é uma constante real algébrica aplicada que é utilizada na arquitetura, nas artes e pode ser encontrada até na natureza. A proporção áurea é considerada uma espiral perfeita. E este espiral imaginário conduz o olhar.
4. Fotografia na Maquete Eletrônica – Desfoque
Esse efeito é usado quando temos imagens com mais de um plano. Observe o exemplo:
Nesta imagem, por exemplo, nós temos flores no primeiro plano, ou seja, é o primeiro elemento na imagem. Apesar de estar na frente, ela não é o foco, por isso, as flores são desfocadas, destacando assim, a casa.
Aqui temos um exemplo em que o desfoque foi feito no segundo plano, ou seja, no fundo da imagem, e isso destaca o primeiro plano.
Lembre-se: Se na sua renderização, você quiser focar em algum objeto menor, use uma milimetragem maior, agora, se você quer a imagem de algo de porte maior, use uma milimetragem menor.
5. Fotografia na Maquete Eletrônica – Moldura
A idéia aqui é utilizar de outros elementos para emoldurar as partes que nós queremos deixar como foco. Observe o exemplo:
Nesta imagem, a grade do portão foi posicionada no primeiro plano da foto e desfocada, ainda assim, ela está nos limites da imagem e funciona como uma moldura para a casa, que acaba ficando em destaque.
Aqui a janela funciona como moldura para a paisagem e leva o nosso foco para a parte externa.
6. Fotografia na Maquete Eletrônica – Composição de Simetria
Simetria é quando duas ou mais partes de elementos são iguais. Esse conceito é utilizado na matemática, na geometria, na gramática, na arte, na natureza e, claro, na arquitetura. A simetria surge como uma tentativa de explicar e reproduzir a beleza ideal por meio da racionalidade dos números.
Na arquitetura, a simetria passa uma sensação de segurança e estabilidade, além de criar um senso de proporção. Veja abaixo mais exemplos de projetos e enquadramentos que utilizam deste recurso:
7. Fotografia na Maquete Eletrônica – Reflexos
Outro recurso que podemos utilizar é a composição com reflexos, principalmente para piscinas, lagos ou mar. Observe o exemplo:
Se seu projeto tiver uma área com piscina, você pode posicionar sua câmera em cima dessa piscina para ter mais reflexo da construção. Isso valoriza muito a imagem.
É possível posicionar a câmera mais perto da água ou em uma altura maior, mais distante da água. Cada uma vai trazer um efeito diferente para a imagem final.
8. Fotografia na Maquete Eletrônica – Vertical e Horizontal
Se você está renderizando um prédio, por exemplo, é mais interessante que sua imagem esteja na vertical (retrato). Isso não é uma regra, mas é a forma mais usada devido a proporção da construção para com a imagem.
A composição fotográfica horizontal para edificações muito mais altas, ainda é possível, tudo depende da idéia que você deseja passar e do conceito da sua renderização. Mas no geral, esse tipo de composição acaba deformando um pouco a proporção edificação-imagem. Observe:
Para casas e edificações de altura menor, composições horizontais são ideais.
9. Fotografia na Maquete Eletrônica – Número Ímpar
Durante esses anos trabalhando com arquitetura, uma coisa que pude notar, foi a influencia das composições com números de elementos ímpares. Parece que o cérebro humano absorve mais rápido a informação dessa forma. Observe os exemplos abaixo, onde temos elementos sempre em conjuntos ímpares:
10. Fotografia na Maquete Eletrônica – Linhas Diagonais
Outro recurso que podemos utilizar são as linhas diagonais. Essas linhas funcionam como direcionador. Elas conduzem o nosso olhar até a construção ou à um ponto específico. Observe os exemplos abaixo:
É legal também, citar a importância deste recurso em fotos de fachadas. É interessante deixar essa linha diagonal bem puxada, compor um enquadramento que destaque essas linhas. É possível acentuar isso usando lentes com milimetragem menor.
11. Fotografia na Maquete Eletrônica – Sombra
Se você quer dar um ar mais sombrio, ou mais artístico para a sua renderização, você pode utilizar as sombras como suas aliadas. Por exemplo:
Observe que a sombra funciona como um “isolador”. Ela isola todo o resto da imagem e esconde o que estiver nela, levando nosso olhar diretamente para a parte iluminada.
Nesta outra imagem, o primeiro plano da imagem recebeu bastante sombra, o que neutralizou ele totalmente e o centro da imagem, que está em um plano mais distante, ficou bem mais iluminado se tornando o foco.
12. Fotografia na Maquete Eletrônica – Minimalismo
Você já ouviu a frase “menos é mais”? Com certeza você já escutou e até já usou. Saiba que o autor dessa frase foi ninguém menos que Mies van der Rohe, considerado o mestre do minimalismo.
Pioneiro da arquitetura moderna, ao lado de Le Corbusier, Walter Gropius e Frank Lloyd Wright, ajudou a criar um estilo de arquitetura característico do século 20: com muita luz e simplicidade, aço industrial e vidro temperado, espaços abertos e sem obstáculos.
Muitas vezes colocamos muitos objetos, texturas e luzes buscando valorizar o espaço, colocando acessórios em excesso a imagem pode acabar ficando pesada e a visão poluída.
O ideal é usar uma quantidade mínima de objetos quando queremos dar foco em algo. Nesta imagem por exemplo, para dar foco na mesinha lateral, nem o sofá foi colocado inteiro na imagem.
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Conclusão
Espero que tenha você tenha gostado e que essas dicas possam ter te ajudado. Conte para nós se deu tudo certo. Você conseguiu aplicar alguma dessas dicas? Este tutorial te ajudou? Você tem alguma dúvida? Só deixar seu comentário abaixo. Até mais.
Sou Leandro Amaral, técnico eletrotécnico desde 2011, professor de cursos online desde 2013 e arquiteto desde 2016. Assim como apresentar projetos de qualidade mudou a minha vida, acredito realmente que pode mudar outras e desse modo quero compartilhar isso com o maior número de pessoas possível. Ensino meus alunos a despertarem seu potencial máximo na arte chamada Arquitetura. Junte-se a nós. CAU (Registro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo): A117921-7.
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