8 Dicas Para Um Projeto de Arquitetura de Sucesso

Conteúdo do artigo:

Projeto de Arquitetura, do início ao fim, passo a passo, você aprende aqui. Montamos um conteúdo super completo para te auxiliar durante todo o processo de criação do seu projeto arquitetônico.

Se você está desenvolvendo seu primeiro projeto de arquitetura e precisa de um roteiro para o desenvolvimento do projeto, ou se você busca somente aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, este é o lugar certo para você.

O que é um projeto de arquitetura

Projeto de arquitetura: O que é?

Um projeto de arquitetura consiste na elaboração de representações a respeito de determinado edifício ou ambiente que será construído ou reformado.

Essas representações podem ser feitas por meio de desenhos técnicos e humanizados, de representações gráficas e diversas outras documentações.

Basicamente qualquer tipo de edificação pode contar com um projeto arquitetônico, desde casas à prédios em altura multifuncionais, sejam eles residenciais, comerciais ou corporativos.

Claro que cada projeto possui uma necessidade e por isso cada um tem uma norma diferente. As exigências para um ambiente hospitalar por exemplo, serão bem diferentes das exigências para a construção de um bar, ou de um museu.

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) tem uma extensa e bem especificada lista de normas que regulamentam o setor. As normas que usamos para projetos arquitetônicos são as NBR.

As duas normas a serem consideradas inicialmente são a ABNT/NBR 6492 sobre Representação de projetos de arquitetura e a ABNT/NBR 13532 para Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura.

Para que serve o projeto de arquitetura

Projeto de arquitetura: Para que serve?

O projeto é que vai possibilitar a visão da obra finalizada antes mesmo da construção iniciar. Com isso é possível prevenir problemas e fazer mudanças projetuais mais facilmente e de forma extremamente mais econômica.

Você conhece alguém que já executou uma obra sem ter contratado nenhum profissional de arquitetura ou engenharia? Talvez você mesmo esteja pensando em construir ou reformar dispensando o projeto de arquitetura.

Nós vamos te ajudar a entender a importância do projeto arquitetônico. Optar pela contratação de um profissional pode te poupar muita dor de cabeça.

O projeto de arquitetura envolve muito mais do que o layout, disposição dos móveis e a parte estética, é a respeito de funcionalidade e complexidade.

Em conjunto com o projeto arquitetônico temos os projetos complementares, hidráulico, elétrico e estrutural. Profissionais, arquitetos e engenheiros de diferentes especializações trabalham em conjunto para que todos esses projetos se complementem.

O profissional de arquitetura tem a preparação profissional para lidar com qualquer imprevisto em obra e possui o conhecimento para desenvolver um ambiente perfeito às suas necessidades de forma funcional, prática e econômica.

Algumas das principais vantagens de contratar um arquiteto para fazer seu projeto arquitetônico são:

  • CUSTO – O arquiteto irá trabalhar dentro do orçamento do cliente. Com todo esse planejamento profissional é muito difícil que estoure o orçamento. Ele saberá trabalhar os materiais da obra para que não haja desperdício e tudo ocorra de forma mais eficiente.
  • CONFORTO – Para que a edificação funcione de forma harmônica o arquiteto projeta os mínimos detalhes, desde de design e layout à acessibilidade e funcionalidade.
  • SEGURANÇA – Uma das funções o profissional contratado é ser o responsável técnico pela obra, isso significa que todas as questões de segurança de trabalho são de responsabilidade dele.
  • ESTÉTICA – Existem infinitas opções de materiais, elementos, cores, texturas e técnicas e o profissional da arquitetura é capacitado para combinar tudo de forma harmônica e bela sem sobrecarregar nada, criando um ambiente perfeitamente aconchegante e bonito.

Como fazer um bom projeto de arquitetura: principais etapas

As etapas gerais de um projeto de arquitetura incluem o levantamento de informações, o esboço de conceito, o projeto básico, o projeto executivo, a obtenção de licenças e acompanhamento da construção.

Antes de mais nada, temos que ter em mente que todo projeto de arquitetura precisa de um bom planejamento para ser bem executado. Por isso, é necessário seguir alguns passos que serão fundamentais para ter como resultado a obra perfeita.

É importante saber que não importa em qual etapa se encontra o projeto. Se um detalhe for mal planejado, toda a construção poderá ser comprometida, levando assim a um maior tempo de execução, a aumento de custos e/ou até mesmo a que seu projeto de arquitetura precise ser refeito.

Por isso a palavra chave é: Faça um bom planejamento do projeto! Abaixo seguem algumas dicas para te ajudar com isso!

1. Conheça o terreno

Projeto de arquitetura: Principais etapas

O profissional responsável pelo projeto de arquitetura precisa conhecer bem o local da construção. Afinal, fica muito mais simples ter uma noção espacial, coletar medidas e, em muitos casos, criar uma imagem mental da construção já concluída.

Para construir em algum lugar é preciso de dados detalhados a respeito de:

  • Aspectos do terreno – Topografia, vegetação, interferências físicas, construções existentes e legislação da área;
  • Aspectos do entorno – vias próximas, acessos principais, construções imediatamente vizinhas, construções da região, sombreados, pontos de interesse e visuais.

2. Levantamento das necessidades da construção

Independente da finalidade do projeto, algumas perguntas precisam ser feitas e respondidas para que todas as necessidades sejam atendidas.

Caso a construção seja de uma casa, por exemplo, é importante conversar com os futuros moradores para verificar a necessidade de cada um deles e também tenha em mente as necessidades do terreno para que o projeto possa ser implementado.

Para desenvolver o programa de necessidades da sua edificação você precisa, através de uma conversa com o cliente, definir todos os ambientes e as necessidade de uso de cada um, para que sejam definidas as características de cada um, como: área, pé direito, requisitos especiais entre outros.

Para auxiliar nessa etapa, você pode usar de modelo o nosso briefing de arquitetura com mais de 53 perguntas que te auxiliarão na hora de coletar informações primordiais para a elaboração do projeto.

3. Pré-projeto

Projeto de arquitetura: Principais etapas

Após o entendimento de todos os pontos que precisam estar no projeto de arquitetura, deve-se organizar todas as informações para que seja possível visualizar as ideias de forma mais clara.

E é importante que isso seja feito antes que o projeto final seja posto em ação, isso vai te economizar retrabalhos alterando algo que já poderia ter sido feito da forma correta se pensado anteriormente.

4. Croqui

Projeto de arquitetura: Principais etapas

Para que seu cliente ou até mesmo você possa ter uma ideia melhor do que o projeto vai se tornar, usamos os croquis.

É uma forma de entender se a nossa ideia, o que está em nossas mentes, se alinha com as necessidades do cliente e claro, com a realidade.

Sem contar que os croquis facilitam e muito o entendimento de pessoas leigas. Um exemplo de bons croquis, são os feitos por Niemeyer, pessoas que sequer são arquitetas acabam fascinadas.

É comum que os próprios clientes façam esboços para conseguir passar para o arquiteto a ideia deles, essa fase é muito importante e esses desenhos deve estar sempre a mão até a definição final do projeto.

5. Planta, corte ou 3d?

No próximo passo de desenvolvimento de um projeto arquitetônico, entra em cena uma parte mais detalhada dos desenhos. Mas qual forma de representação deve ser utilizada? Planta, corte ou 3D?

Na verdade, todos. Cada forma de representação tem sua função:

PLANTA

Começar pela planta é natural até para quem não é arquiteto. Muitas pessoas leigas ao planejarem suas casas acabam recorrendo a essa opção com forma de organizar os espaços dentro de um espaço maior.

Desde cedo somos expostos a esse tipo de visão, sendo pelos mapas dos jogos ou até alguns desenhos que muitos usavam para brincar, quando crianças.

Porém, fazer uso da planta somente, pode trazer alguns problemas por causa da falta de noção 3D que teremos.

Alguns arquitetos têm certa facilidade para ver uma planta levando-se em conta pés-direitos, volumes complexos e muitos outros detalhes. Exemplo disso é do arquiteto Mies que tinha uma incrível capacidade de fazer croquis de forma quase abstrata porém com uma fidelidade enorme quando o projeto era finalizado.

CORTE

Para complementar essa representação e concretizar o entendimento a respeito do projeto, é possível utilizar o corte como forma de visualizar o espaço.

Principalmente, espaços com volumes complexos, planos inclinados e outros que podem ser resolvidos simplesmente pelo uso dessa técnica.

Le Corbusier fazia uso do corte ainda no início de seus projetos para explicar como os espaços conseguiam se relacionar entre si.

O corte ajuda também a entender a estruturas, em uma prancha de corte é possível encontrar informações como altura, comprimento, algumas vezes especificação de materiais, largura de paredes, ambientes e objetos.

3D

E por fim, é possível utilizar também o 3D como recurso. Alguns conceitos são tão complexos que sem o uso do 3D é praticamente impossível ter um bom entendimento de como o projeto será.

Frank Gehry é incrível ao conseguir visualizar e passar para os seus croquis toda a ideia de 3D em seus projetos. Porém, leigos e até mesmo arquitetos menos experientes podem sentir dificuldades ao entender as intenções e comunicá-las a outras pessoas, como faz Gehry.

Por isso recorremos ao 3D, podendo ou não ser acompanhado por um render, a imagem 3D nos dá uma visão mais realista do projeto e facilita o entendimento dos ambientes, disposição do mobiliário e até mesmo a forma como a luz irá se comportar naquele ambiente.

6. Maquetes

A maquete ainda é utilizada como mais um recurso que nos ajuda a entender como as ideias se comportam no mundo real.

Hoje temos o auxílio de programas como o Sketchup e vários outros para criar maquetes eletrônicas, e vai por mim, elas facilitam muito a vida do arquiteto quando o assunto é criação de projetos.

7. Faça cálculos!

Depois de entendidos os pontos do projeto, desenhos e todos os outros detalhes, é necessário que se façam cálculos para todas as necessidades como hidráulica, elétrica, telefônica e outras estruturas. Um especialista deve se fazer presente para verificar todos os pormenores do projeto.

Por existirem muitos detalhes à serem especificados, o trabalho costuma ser dividido. Muitas são as áreas de atuação e especializações que existem e por isso os escritórios e profissionais liberais costumam trabalhar em conjunto.

Não tenha medo de montar uma equipe, esse trabalho dividido, muitas vezes, é o que pode garantir a excelência do seu projeto.

Os valores precisam ser somados ao custo do projeto de arquitetura e enviados ao cliente.

8. Aprovação da prefeitura

Com tudo isso definido e com o projeto pronto, chega a hora de elaborar o projeto técnico para a aprovação da prefeitura, que cederá o direito de construir.

Após todos esses processos, é possível que se inicie a construção com profissionais qualificados em cada área específica.

Todo esse processo até chegar nessa etapa pode ser marcado por muitas alterações de projeto, seguir cada etapa com atenção e cumprir com as exigências de cada uma delas é o que pode diminuir a quantidade de alterações e diminuir o tempo de desenvolvimento.

Como você pode ver, cada etapa de um projeto é importante para a realização de um sonho. E lembre-se de estar atento a essa parte do processo antes da construção, pois isto vai tornar o seu trabalho muito mais fácil.

O que é um anteprojeto de arquitetura?

Com o levantamento realizado, estudos preliminares apresentados e programa funcional aprovado, o anteprojeto pode começar a ser desenvolvido.

Anteprojeto é a fase intermediária de desenvolvimento onde o projeto será aperfeiçoado e definido.

O Anteprojeto é a etapa entre o estudo preliminar e o projeto de execução, é composto pela distribuição dos ambientes do projeto, pelos fluxos e aberturas, áreas externas e internas, separação de áreas molhadas e secas, etc.

As quatro plantas principais que o Anteprojeto deve conter são :

Planta Baixa

Desenho técnico feito a partir de um corte horizontal imaginário à 1,50 m de altura do piso. Esta planta nos permite visualizar o número de cômodos, as medidas dos ambientes, a quantidade de acessos (portas, janelas e corredores), detalhes de componentes, entre outras características da obra.

A planta baixa é uma visão de cima do ambiente ou de toda a arquitetura, com as respectivas divisórias e medidas representadas graficamente. É com ela que podemos visualizar o espaço e a disposição dos elementos internos e externos, bem como a disposição recomendada para itens de acabamento.

O que deve conter um projeto de planta baixa?

Existem diversos níveis de desenvolvimento de um projeto de planta baixa, nela pode conter a espessura das alvenarias, os pontos básicos de hidráulica (cozinha, área de serviço, banheiro, lavabo), as projeções de cobertura (laje, telhado etc), o nome do ambiente e seu respectivo nível.

Na planta baixa ainda costuma ter as notas especificando os métodos de arquitetura e acabamentos do projeto.

Escala do Projeto de Planta Baixa

Para que o projeto de planta baixa seja uma projeção fiel ao projeto que será desenvolvido, é fundamental a utilização da escala.

Portanto ela garante que qualquer profissional da área que tenha contato com a planta baixa saiba executar o projeto e entender como ficará o produto final. A escala garante que todas as medidas (área construída, aberturas, móveis, pontos de hidráulica etc) sejam mantidas e diminui a probabilidade de erros na execução da obra.

As escalas mais utilizadas habitualmente são de 1:50 e 1:100. A escala 1:100 é uma representação gráfica 100 vezes menor que a realidade. Ou seja, 1cm do desenho no papel representa 100cm reais.

Portanto essa escala é comum em anteprojetos (fase inicial de um projeto arquitetônico), projetos iniciais e estudos gerais sobre a obra.

Já a escala 1:50 é uma representação de 50cm reais a cada 1cm no papel. Portanto essa proporção costuma ser utilizada em plantas com mais detalhes e na produção de projetos executivos, que são elaborados depois da planta baixa inicial.

Depois da Planta Baixa

Depois de elaborar a planta baixa, com todos os detalhes necessários para o projeto em questão, o trabalho do arquiteto deve evoluir para os próximos passos. É de posse da planta baixa que são elaborados o projeto executivo, o projeto elétrico, o telhado e demais projetos complementares da arquitetura.

A partir da planta baixa executiva é que o empreiteiro vai se guia para executar o projeto. O arquiteto pode acompanhar a realização da obra. Portanto é necessário que a planta baixa esteja a mais completa possível, a fim de viabilizar a leitura e interpretação.

Planta de Cobertura 

É o detalhamento da parte superior da edificação, a cobertura, ou telhado. Aqui são representados detalhes como chaminés, volumes de reservatórios, calhas, canalizações, entre outros. Também serão incluídos elementos como o beiral, a cumeeira, o rincão e o espigão, caso existam.

Planta de Localização

– Aqui são representados a obra e os arredores. São mostrados os limites do terreno, passeio e vias de rolamento (ruas). É necessário representar também outros elementos como área de lazer, muros, equipamentos, entre outros.

Planta de Situação

Semelhante a planta de localização, a planta de situação também traz uma vista superior do imóvel. A diferença é que o seu objetivo é mostrar a relação da obra com o entorno do lote. Ela contém informações importantes como as construções existentes no local, demolições futuras, restrições governamentais e cotas gerais lineares e angulares do terreno.

Outras representações obrigatórias a fase do Anteprojeto são:

  • Cortes;
  • Elevações: frontais,laterais e traseiras.
  • Tabelas de especificações: janelas, portas, telhados, grades e elementos adicionais.

Projeto de arquitetura em 3D: como fazer?

A imagem 3D já se tornou um recurso indispensável, as tecnologias na área têm crescido e conquistado diversos profissionais da área de design e construção, se tornando a queridinha dos profissionais e dos clientes.

Em 3D, temos 3 opções diferentes, cada uma com um nível de detalhamento. A primeira opção, que é na verdade o primeiro passo para qualquer desenvolvimento 3D, é a modelagem.

O programa mais utilizado ultimamente pelos profissionais da área para a modelagem de edificações e elementos 3D, é o Sketchup.

O SketchUp funciona de forma bem mais intuitiva do que os outros softwares presentes no mercado hoje. É um software bem claro e simplificado, com ferramentas bem definidas e desenvolvidas. Possibilita a fácil elaboração de diferentes formas e volumes.

Além do projeto arquitetônico, o programa também permite a modelagem de topografias mais complexas. A implantação por sua vez pode ser repensada e alterada de forma prática.

Veja também: SketchUp: o que é, como usar, dicas práticas e plugins

O segundo passo é a imagem 3D em si. Com a modelagem pronta, com as texturas, materiais, cores e elementos definidos e aplicados, você terá sua maquete eletrônica.

A maquete eletrônica  nada mais é do que uma imagem 2D ou 3D usada para simular ambientes de um projeto. Você pode salvar cenas específicas da sua maquete eletrônica e fazer suas imagens 3D mostrando exatamente os pontos que deseja do seu projeto.

Veja também: Maquete Eletrônica: importância, vantagens e principais programas

O terceiro passo é a renderização. A sua imagem 3D já está pronta sem a renderização, mas o aspecto dela ainda será de desenho, caso você opte pela não utilização deste recurso.

O render vai dar ao seu modelo um aspecto hiper realista. Para esta etapa existem diversos programas como por exemplo o Lumion e o V-Ray.

O V-Ray é um plugin, ou seja ele é usado como uma extensão em programas de modelagem 3D como o SketchUp, 3DSMax e outros. Uma vez instalado ele possibilita a criação de imagens com acabamento foto-realístico. Em possibilidade de variações o V-Ray tem uma amplitude maior.

Já o Lumion, apesar de muito amplo e completo, perderia um pouco para o V-Ray nos quesitos materiais porém ele compensa na rapidez. Ele usa a tecnologia 3D em tempo real que favorece as visualizações imediatas e a criação de imagens em uma fração de segundos.

Sua biblioteca super completa e de alta qualidade possibilita que qualquer tarefa complexa e desafiadora seja facilmente gerenciada.

Quer saber como cada um deles funciona? Aprender os principais comandos e já começar a utilizar esses recursos para aperfeiçoar seus projetos?

Como cobrar por um projeto de arquitetura?

Afinal, como cobrar por Projeto de Arquitetura? A precificação dos serviços costuma ser um bicho de sete cabeças para quem está começando e entrando no mercado de trabalho. Mas não precisa ser assim. Preparamos uma série de dicas para te auxiliar a cobrar por um projeto de arquitetura.

Talvez uma das maiores dificuldades desse processo seja conseguir definir valores que não sejam tão baixos a ponto de causar prejuízos, mas também não serem altos demais e fora da realidade do mercado.

Infelizmente, existem muitos profissionais formados, ou até mesmo amadores, que acabam vendendo projetos a preço de banana o que prejudica profissionais sérios e comprometidos com a valorização da arquitetura.

Veja também: Como vender serviços de Arquitetura se tem de graça? [DICA]

Custos diretos e indiretos

A precificação é o resultado de uma combinação de informações como o tipo de projeto a ser executado, mercado em que o arquiteto atua, forma de execução e gestão do projeto, além da estrutura e custos do escritório.

É preciso conhecer a média de preços do mercado a sua volta, não só dos seus concorrentes mas de todos os prestadores de serviço que serão necessários para a execução da obra.

Não existe uma receita exata para isso, cada projeto é único e tem suas necessidades, além de que cada escritório trabalha e funciona de formas diferentes. Os valores variam de profissional para profissional dependendo das necessidades do projeto e do escritório, além de fatores externos como  funcionamento do mercado no local da execução e porte da cidade.

Os principais métodos de cobrança são: por metro quadrado, por percentual do valor da obra e honorário.

Valor profissional

Alguns arquitetos preferem precificar seus trabalhos baseados na sua capacidade profissional. Isso quer dizer que eles ponderam a própria capacidade intelectual, a experiência profissional que possuem e nicho em que atuam.

A capacidade profissional está diretamente ligada com eficiência de trabalho. Quanto mais capacitado for o profissional, mais eficiente ele será; mais ele vai conseguir otimizar a execução do projeto e da obra.

Hora Trabalhada

Normalmente, um profissional de qualidade alta significa projeto rápido e obra rápida. Pensando por esse lado, contratar um profissional por hora pode ser vantajoso, dependendo do porte e nível de dificuldade do seu projeto.

Muitos profissionais cobram honorário apenas em alguns trabalhos específicos. Honorário, é quando o profissional cobra pela hora trabalhada. Então, o tempo para estudo preliminar, tempo de desenvolvimento, visita de obra, tudo entra nos cálculos.

Metro quadrado

A cobrança por metragem quadrada é mais comumente feita em projetos de pequeno porte como residências e prédios comerciais pequenos.O custo do metro quadrado pode variar muito dependendo da região em que o arquiteto atua e do que é praticado pela concorrência.

Percentual (MÉTODO INTERNACIONAL)

Por percentual funciona da seguinte maneira: o profissional deve estabelecer um percentual sobre o custo estimado da execução da obra. Para isso ele pode levar em consideração também o nível de dificuldade da obra.

Normalmente, para projetos de grande porte, o percentual pode variar entre 2,5% e 4%. Já para projetos de porte pequeno e médio, os índices ficam entre 7% e 12%.

Existe alguns pontos que muitos profissionais seguem como uma base inicial para não esquecer de nenhum ponto, são eles:

  • Fazer um levantamento de custos – mantenha uma planilha de controle de gastos;
  • Gerenciamento de serviços – ser fiel ao planejamento de serviços. Garanta que os serviços executado sejam exatamente os que foram vendidos ao cliente;
  • Conceito – Defina uma área de atuação, se especialize ao invés de fazer de tudo;
  • Projeto x AcompanhamentoPrecifique separadamente, são etapas diferentes que exigem trabalhos diferentes e por isso cada um tem seu valor;
  • Prazos – Estabeleça prazos para o recebimento, o ideal é estipular valores que serão pagos ao final de cada etapa;

Principais desafios de um projeto de arquitetura

A arquitetura vai muito além de um projeto e conseguir cumprir com isso é um dos maiores desafios do profissional de arquitetura.

Diébédo Francis Kéré define arquitetura da seguinte forma:

“Arquitetura não é apenas sobre a construção. É um meio de melhorar a qualidade de vida das pessoas”.

Diébédo Francis Kéré

O arquiteto precisa levar em consideração além da necessidade, o sonho. Uma casa, por exemplo, vai muito além de uma moradia, ela é um lugar que precisa remeter a aconchego, alegria e refrigério. Deve ser um lar, antes de casa. Ali será o local de descanso e repouso, de lazer e socialização.

Então o primeiro desafio do arquiteto é conseguir usar seus recursos e conhecimentos para dar vida e sentimento aos edifícios e objetos. Influenciar a vida de pessoas e da sociedade como um todo é uma grande responsabilidade. O planejamento dos espaços define comportamentos.

Além disso, existem também os desafios do mercado de trabalho. Para entrar no mercado de trabalho, para se manter no mercado, para ter uma constância de trabalho, e se atualizar nessa área, que não para de crescer.

Naturalmente, outros profissionais da mesma área, são concorrentes. Agora, além de outros arquitetos, os profissionais precisam trabalhar para tornar a tecnologia uma aliada e não uma concorrente.

Os próprios softwares, desenvolvidos para auxiliar e otimizar o trabalho dos arquitetos, as vezes, confundem os profissionais, diante de tantas atualizações.

O estudo é constante pois as evoluções são constantes. Para se destacar no mercado é necessário estar sempre um passo a frente.

Um exemplo disso é a tecnologia BIM. Esta tecnologia elevou a qualidade do mercado drasticamente, pois ela tem uma infinidade de recursos extremamente completos que entregam ao cliente um projeto altamente detalhado antes mesmo dele sair do papel.

Com tantas mudanças, é natural que a sociedade mude também e que as gerações acompanhem as evoluções. É importante entender como cada geração utiliza e necessita dos espaços. Mas as necessidades de hoje, não serão as mesmas em 10 anos, ou menos que isso.

Cursos para criar um projeto de arquitetura

O mundo está em constante evolução, e um profissional, para estar bem capacitado precisa seguir o ritmo de evolução da tecnologia. Todos os dias surgem novidades e as empresas procuram profissionais atualizados e experientes.

Para isso os desenvolvedores vem criando programas para facilitar essa constante transição que o profissional de arquitetura precisa fazer. Hoje, os programas mais usados na criação de projetos de arquitetura são o Autocad e o Revit.

O AutoCad desempenha uma função que está ligada antes de tudo com a tecnologia e busca se aperfeiçoar anualmente, com novas versões e correções, o que não funcionou bem será substituído e é aí que entra a importância da atualização profissional.

Com o nosso curso de Autocad você aprende através de exercícios práticos a elaborar planta baixa, cortes, elevações, situação, locação e cobertura desde o primeiro traço até a impressão, além de também poder fazer projetos elétricos completos.

Quer saber mais sobre nosso Cursos? Clique aqui – Curso de AutoCad

Aprenda a fazer download e instalar o Autocad Clique aqui.

Já com Autodesk Revit é possível criar um projeto desde sua parte estrutural à parte arquitetônica, e também todos os sistemas complementares como hidráulica, elétrica, sistema mecânicos e diversos outros. O Revit é um software que utiliza a tecnologia BIM.

Por ser um programa embasado na tecnologia BIM, o Revit é super completo e possibilita que o usuário desenvolva praticamente todas as etapas da criação de um projeto e seus sistemas complementares nele.

Pensando nas necessidades dos profissionais e nos constantes avanços, nós preparamos um curso atualizado para te ajudar a tirar o máximo dessa tecnologia que é destaque entre os profissionais hoje.

Quer saber mais sobre o que eu você vai aprender no nosso curso de Revit? Clique aqui

Cursos para criar um projeto de arquitetura em 3D

Além de todo o projeto técnico, o projeto 3D é essencial para a excelência do seu trabalho.

Muitas empresas e profissionais já não abrem mão desta ferramenta, pela grande quantidade de recursos e itens de detalhamento que ela disponibiliza que facilita na hora de compor uma ideia.

Para isso um dos programa mais aceitos e utilizados é o Sketchup. Com um projeto 3D você monta apresentações cativantes que dão força e presença aos seus projetos e consequentemente à sua carreira.

A prática nos leva a perfeição e não tem nada melhor do que aprender desde o começo da forma correta e nós temos o método perfeito para você!

Com uma metodologia exclusiva, no nosso curso de SketchUp você pode aprender desde técnicas de modelagem 3D e texturização à animação e renders realistas!

Quer saber mais sobre nossos cursos?

Perguntas frequentes

O que é o levantamento de informações e por que é importante?

O levantamento de informações é a primeira etapa de um projeto de arquitetura e consiste em coletar informações sobre o cliente, o terreno, as normas e regulamentos, e as necessidades e desejos do projeto. É importante para estabelecer as bases do projeto e garantir que as necessidades do cliente sejam atendidas.

Como é feito o esboço de conceito e quais são os principais objetivos?

O esboço de conceito é a segunda etapa de um projeto de arquitetura e consiste em desenvolver uma ideia geral do projeto. É importante para entender as necessidades do cliente e criar uma visão geral do projeto. Os principais objetivos são definir o escopo do projeto, estabelecer as necessidades do cliente e criar uma estrutura básica para o projeto.

Como é feito o projeto básico e quais são os principais objetivos?

O projeto básico é a terceira etapa de um projeto de arquitetura e consiste em desenvolver os detalhes do projeto, incluindo o layout, os sistemas estruturais e mecânicos e os elementos de design. Os principais objetivos são definir as características do projeto, estabelecer os requisitos técnicos e criar um plano detalhado para a construção.

Como é feito o projeto executivo e quais são os principais objetivos?

O projeto executivo é a quarta etapa de um projeto de arquitetura e consiste em desenvolver os detalhes finais do projeto, incluindo os desenhos de arquitetura, estrutura, elétrica, hidráulica e outros. Os principais objetivos são garantir que o projeto seja construível, fornecer informações detalhadas para os construtores e obter aprovação do projeto.

Como é feita a obtenção de licenças e quais são os principais objetivos?

A obtenção de licenças é a quinta etapa de um projeto de arquitetura e consiste em seguir os regulamentos e normas locais para obter aprovação do projeto. Os principais objetivos são garantir que o projeto esteja em conformidade com as leis e regulamentos locais e obter aprovação para construir.

Como é feito o acompanhamento da construção e quais são os principais objetivos?

O acompanhamento da construção é a última etapa de um projeto de arquitetura e consiste em supervisionar a construção do projeto. Os principais objetivos são garantir que o projeto seja construído de acordo com os desenhos e especificações, solucionar problemas que possam surgir e garantir que o projeto seja concluído dentro do orçamento e do prazo.

Como é feita a comunicação entre o arquiteto e o cliente durante o projeto?

A comunicação entre o arquiteto e o cliente é essencial durante todas as etapas do projeto. É importante estabelecer um fluxo de comunicação eficaz desde o início para garantir que as necessidades e desejos do cliente sejam compreendidos e atendidos. Isso pode incluir reuniões regulares, atualizações por escrito e meios digitais de comunicação.

Como é feita a gestão de orçamento e prazo durante o projeto?

A gestão de orçamento e prazo é crucial durante o projeto para garantir que o projeto seja concluído dentro do orçamento e do prazo estabelecido. Isso pode incluir a preparação de orçamentos detalhados, acompanhar as despesas e garantir que os prazos sejam cumpridos.

Como é feita a gestão de risco durante o projeto?

A gestão de risco é importante durante o projeto para identificar e gerenciar possíveis problemas que possam afetar o sucesso do projeto. Isso pode incluir a avaliação de riscos potenciais, a preparação de planos de contingência e a implementação de medidas para mitigar esses riscos.

Como é feita a gestão de mudanças durante o projeto?

A gestão de mudanças é importante durante o projeto para gerenciar mudanças no escopo, orçamento e prazo do projeto. Isso pode incluir a avaliação de solicitações de mudança, a preparação de planos de ação e a implementação de medidas para garantir que as mudanças sejam gerenciadas de forma eficaz.

Como é feita a gestão de qualidade durante o projeto?

A gestão de qualidade é importante durante o projeto para garantir que o projeto seja concluído com altos padrões de qualidade. Isso pode incluir a definição de critérios de qualidade, a realização de inspeções e testes e a implementação de medidas para garantir que esses critérios sejam atendidos.

Como é feita a gestão de recursos humanos durante o projeto?

A gestão de recursos humanos é importante durante o projeto para garantir que o projeto seja concluído com o uso eficiente e eficaz dos recursos humanos. Isso pode incluir a definição de papéis e responsabilidades, a alocação de recursos humanos e a implementação de medidas para garantir que esses recursos humanos sejam usados de forma eficiente.

Como é feita a gestão de comunicação durante o projeto?

A gestão de comunicação é importante durante o projeto para garantir que as informações relevantes sejam compartilhadas de forma eficaz entre todas as partes envolvidas no projeto. Isso pode incluir a definição de canais de comunicação, a elaboração de planos de comunicação e a implementação de medidas para garantir que as informações sejam compartilhadas de forma adequada e oportuna.

Como se chama casas pequenas?

Casas pequenas se chamam Kitnets ou quitinetes, estas pequenas residências possuem apenas 1 cômodo, cozinha e banheiro.

Quais os tipos de imóveis que existem?

Os tipos de imóveis que existem são:

  1. Casa Geminada;
  2. Sobrado;
  3. Bangalô;
  4. Edícula;
  5. Loft;
  6. Apartamento;
  7. Kitnet;
  8. Flat;

O que é tipologia de um imóvel?

A tipologia de um imóvel tem o objetivo de designar o número de cômodos assoalhados de uma casa, bem como a estrutura e a divisão das áreas.

O que são 4 assoalhadas?

4 assoalhadas querem dizer que uma casa possui uma sala e mais três quartos, assoalhadas são cômodos da casa, exceto a cozinha e banheiro.

Como fazer planta online?

Para fazer uma planta online é possível utilizar alguns softwares na nuvem como o Sketchup.

O que é uma obra arquitetônica?

Uma obra arquitetônica é uma obra de arquitetura ou construção que exaltou a história, social ou geográfica.

Como iniciar uma construção com pouco dinheiro?

Para iniciar uma construção com pouco dinheiro eu recomendo que pense em casas pré-planejadas, faça o planejamento de gastos com materiais de construção e revestimentos e se necessário coloque a mão na massa para ajudar o pedreiro

O que é considerado imóvel residencial?

Um imóvel residencial é qualquer unidade construída na área urbana ou rural que tenha como objetivo residir alguém.

Conclusão

Conhecer muitos detalhes e as melhores técnicas para sua área de atuação é muito importante.

Um projeto bem embasado, desenvolvido e executado é possível, e para isso basta ter conhecimento para executar, ter paciência e planejamento.

Existem diversos softwares e recursos criados para facilitar a vida do profissional de criação e para otimizar o tempo de obra. Dominar essas ferramentas é a diferenciação necessária para qualquer profissional que deseja se inserir no mercado e atrair clientes mais qualificados.